12 de novembro de 2010

Cleopatra and the Society of Architects



Não estava nos planos, mas nessa semana surgiu a oportunidade de comprar o joguinho e não hesitei. Eu já tinha uma quedinha pela qualidade da produção e apelo visual dos componentes (confesso, um dos meus fracos), mas o que pesou mesmo na hora de decidir foi a dupla de criação: Bruno Cathala e Ludovic Montblanc. A meu ver, os melhores designers de jogos modernos no mercado atual. Nada – absolutamente nada – que joguei dos caras até o momento deixou a desejar (seja jogo leve – Dice Town, médio – Cyclades, ou mais pesado – Senji). Inclusive, no meu TOP 10 de jogos, eles dominam em disparado.

Mas chega de falar dos designer. Esse post é para apresentar um pouquinho do jogo.

Basicamente o que se faz no jogo é coletar recursos para tentar construir o palácio da Cleópatra e arredores. Cada jogador assume o papel de um arquiteto que vai tentar fazer isso. Obviamente (digo, não tão obviamente assim, como verão ao final), quem constrói mais ganha mais pontos e vence.



As regras são super simples. No seu turno, você só tem duas opções: a) ir ao mercado (pegar recursos), ou; b) construir algo. Ou um, ou outro. No caso de construir, se conseguir construir 2 ou mais coisas no mesmo turno, ganha-se bônus na pontuação.

Agora existem duas sacadas geniais no design do jogo que, para mim, provam que a dupla de criação é a melhor que existe mesmo! A primeira é que antes de o jogo começar, para formar o deck de cartas do mercado (que serão compradas durante a partida), divide-se o baralho em 2, vira um de cabeça para baixo e embaralha tudo – no bom e velho jeito que irrita os jogadores de canastra. Com isso, a medida que as cartas vão saindo no mercado, não se tem absoluta certeza do que será obtido numa compra.

A outra grande sacada é que durante a partida vão aparecendo recursos e/ou personagens que tornam determinadas ações mais eficientes que as demais. Uma carta convencional, por exemplo, lhe garante 1 madeira. Contudo, há cartas especiais que lhe garantem 2 de uma só vez. E como há um limite pequeno de cartas que podem ficar na mão, obviamente 1 carta lhe garantindo 2 recursos é bem melhor que as demais. Só que isso não vem de graça. As cartas mais eficientes te corrompem – é como se você arranjasse um jeitinho escuso para tirar vantagem. Só que isso não passa desapercebido.

Toda vez que se usa uma dessas cartas, pega-se um medalhão de corrupção e coloca, escondido, numa pirâmide pessoal, para representar que com a sua ação despudorosa você cultuou um deus “ruim”. E não é sempre que você pode olhar o que tem nessa pirâmide, o que emula que, com o tempo, você mesmo vai perdendo a noção do tanto que se corrompeu.


Para mitigar isso, podem existir momentos no jogo em que você faz oferendas aos sacerdotes para se purificar e livrar de corrupção. Mas essas oferendas são justamente pontos de vitória. E mais, quem oferta pouco, fica ainda mais corrompido (pelo jeito porque está aquiescendo com a situação de ser corrupto e sequer tentando se tornar um pouquinho mais puro...).


Ao final do jogo, a Cleópatra vai descobrir as falcatruas (cada um revela o que tem dentro da pirâmide) e é aí que vem o último toque de mestre do jogo: se você for o mais corrompido, não independente de ter mais pontos do que os demais jogadores; servirá de alimento aos crocodilos e CRÉU! Nada de vitória pra você!



Os compontentes, como sempre, são de qualidade sem igual.



Mais um excelente jogo leve, com duração média de 1h30, e que coloca a pulga atrás da orelha, te fazendp perguntar: “por que diabos o mercado nacional não abre os olhos para este setor”?



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Images: boardgamegeek.com

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10 de novembro de 2010

Sonho de Gigante

Seguindo o vácuo do outro vídeo, mais um bem legal para animar essa quarta-feira.

Esse sim é um sonho que podia se tornar realidade!

RWE Energy Giant from Andrés Rosas Hott on Vimeo.

We All Want to Be Young

Mini documentários super legal. Reprodução descarada do Buzz do amigo @thiagones.

We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.

5 de novembro de 2010

Nota de Falecimento - HeroScape

É com grande pesar que este moleque-grande que se finge de blogueiro anuncia a morte de um dos jogos mais bem produzidos e divertidos de todos os tempos - HeroScape - que permitia você ser adulto e criança ao mesmo tempo. (Já dediquei um post a ele. Olha aqui.)

A Wizards of the Coast anunciou no último dia 03 que estava oficialmente pondo fim à linha de produção. Uma grande lástima.

Fui obrigado a providenciar uma leva de caixas fechadas para aumentar a coleção e, quem sabe, fazer um dinheirinho daqui uns tempos. Os sets mais antigos, fora de catálago já há algum tempo, já chegam bater lances de USD 200 no ebay. Vamos ver... Mas pelo gosto que tenho ao joguinho, é capaz de acabar ficando com todos.

Agora só resta deixar as homenagens e, de quebra, uma imagem para marcar para sempre a vida dos responsáveis pelo cancelamento da linha.


RIP.

4 de novembro de 2010

Houston: we got a problem.

Se você captou a referência, muito provavelmente está pensando este pífio blogueiro errou e, bem ali no lugar dos dois pontos (:) deveria ter uma vírgula (,). Eu lhe digo, caro leitor: você está errado.

Justamente porque não me refiro ao filme Apollo 13, mas à hamburgueria que leva o nome da cidade texana, que fica na 412N. É a hamburgueria que fica na 412, óbvio! O Texas todo mundo sabe que fica nos EUA. Falha minha, eu sei. Mas vai ficar assim.

Bom, sabe quando você está varado de fome, só com o almoço na barriga, e qualquer coisa colocada pra dentro fica uma delícia? Este não é o caso. Carne simples, tempero quase imperceptível e complementos que só aumentam o volume do sanduíche, sem agregar sabor.

Para piorar, ainda deram aula de atendimento com má-vontade. Com direito a termos de escutar, com rispidez, que tínhamos de esperar e, ainda, ter de ouvir o absurdo de que era regra da casa não trazer complementos à mesa, mas, como no meu caso VEIO FALTANDO DENTRO DO HAMBÚRGUER (mesmo depois de preenchida a tabelinha com os ingredientes do sanduba, com letras garrafais), eles abririam uma exceção.

Perplexo, amigo leitor? Espera só um pouquinho que eu vou repetir: exceção. Exceção??? Exceção!!!! Exceção???!!! Meus caros, vocês ERRARAM na hora de preparar a bagaça. É no mínimo OBRIGAÇÃO reparar o erro. E não abertura de uma exceção, um favor!

Por falar em favor, façam um a si mesmo e melhorem, pelo menos, a qualidade do atendimento. Porque do jeito que está, só a carinha bonita do lugar não vai ser suficiente para atrair clientes do concorrente (original, diga-se de passagem, e muito melhor no quesito sabores) ao lado.

Eu não volto.