19 de agosto de 2011

Pátria amada desimportante 2.

Não gosto nem um pouquinho de postar frases prontas, ditados e filosofia barata, dessas que rodam fácil em redes sociais, e-mails e apresentações de PP.

Mas hoje vou me trair. Essa eu faço questão.

“Quando você perceber que, para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho; que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”
(Ayn Rand, filósofa).

Qualquer semelhança com a realidade NÃO é merda coincidência. Infelizmente.

16 de agosto de 2011

Em falta (ou teoria do puxa aqui, falta ali)

Tempo é moeda rara.

Quando mais velho fico, mais tempo me falta. Não falo de vida (embora isso seja óbvio também - e olha que nem sou velho a ponto de me preocupar com isso. Ainda.). Há uns bons 4 anos já que isso fica cada vez mais evidente.

Fato é que nunca sobra tempo pra fazer tudo que gosto. Não estou reclamando não! Quer dizer, estou. Falei que não estou reclamando no sentido de que não estou reclamando que faço pouco o que gosto, mas, sim, que falta tempo para fazer mais.

Tem um tempinho já que a coleção de jogos de tabuleiro anda parada, juntando poeira. Em compensação, tenho curtido muito o longboard e as corridinhas. O kite fica como uma alternativa, mas sempre que penso em incorporá-lo ao tempo livre, me dou conta que ele vai tomar tempo de outra coisa.

Claro, ainda tem os bares, saídas com amigos, cineminha e curtição em casa com a namorada... Quando tento colocar tudo na agenda, as 24h do dia mais parecem míseras 10hrs.

Em pensar que as semanas se resumem em monótonas 10h perdidas no trabalho, que, na maioria das vezes (e cada vez mais frequentemente), servem para sonhar em como seria bom ter mais tempo para o que é bom.

Essa questão do tempo parece seguir um paradoxo complicadíssimo e quase desesperador. Quanto mais tempo de vida, menos tempo de vida. Quanto mais tempo de vida, mais condições (trabalho, dinheiro, discernimento, etc.). Quanto mais condições, menos tempo (mais responsabilidades - contas, trabalho, investimentos para ganhar mais dinheiro...). Quanto menos tempo, menos tranquilidade. Quanto menos tranquilidade mais estresse. Quanto mais estresse, menos tempo (e vontades) para investir nas condições. Quanto menos tempo em investimento em condições, menos vida. Quanto menos vida, menos tempo. Doido, não?

Mas doido mesmo é sacar que a solução pra esse doido paradoxo complicadíssimo é das mais simples (assim como são todas as melhores soluções): curtir, ou melhor CURTIR, ao máximo cada segundo daqueles poucos tempos que nos proporcionam prazer.

Agora pare de ler esta esta porcaria de viagem e vá fazer algo que você realmente gosta e aproveite o pouco de tempo que você tem.